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quinta-feira, outubro 20, 2011

A máxima legalidade do direito de se ouvir: a saga de uma rádio comunitária

Na semana que se comemora o dia Internacional da democratização da Comunicação a rádio cidadania fala de sua difícil trajetória

Quando um país é uma democracia, isso significa uma porção de coisas, como o voto direto, secreto e universal para os cargos políticos e a liberdade de expressão, por exemplo, além do respeito às leis e às instituições públicas. Todos esses são, sem dúvida alguma, importantes preceitos de um regime democrático, como o nosso. No entanto, o que muitas vezes nos esquecemos de nos questionar é o seguinte: democracia para quem e para o quê? Nisso quero dizer: A democracia é uma produção teórica, típica dos compêndios da ciência política ou é algo vivo, real e, de fato, perceptível no dia-a-da comum da maioria dos brasileiros, nas mais diversas escalas em que vivem? Já de antemão, digo-lhes: prefiro a segunda opção e vou dizer o porquê nas próximas linhas que se seguem.

Embora o país seja enorme e sejamos nós quase 200 milhões de brasileiros, jamais podemos nos esquecer que a vida cotidiana se passa nas comunidades em que cada um vive. A Constituição da República nos garantiu o direito ao livre acesso às informações, mas, mais do que isso, também nos garantiu o direito de nós mesmos produzirmos as informações que consumimos. É nesse contexto que entra a importância da rádio comunitária para o próprio fortalecimento da democracia, pois ela é a materialização do direito de falar e de ser ouvido, é a máxima demonstração do direito à liberdade de expressão, mas com importante diferença da grande mídia: aqui o que importa não é o poderio econômico dos grupos que patrocinam os grandes veículos de comunicação, em nível nacional e, mesmo, municipal. Ao contrário, é a Dona Maria que lá na rua detrás sofre com a falta de saneamento e que vem até nós e nos pede um espaço para compartilhar com toda a comunidade o seu problema.  É o Seu Antenor, açougueiro, que coloca anúncio ofertando seus produtos. É um grupo de dança da escola vizinha que vem convidar a todos para o evento que professores e alunos estão organizando. Enfim, é a vida cotidiana simples, se fazendo ouvir.

Quem conhece a realidade das comunidades pobres do Brasil, sabe da importante função social que exercemos. A fundação Potiguar, mantenedora da FM Cidadania, não é só uma rádio, mas é também importante agente transformador do convívio comunitário. Executamos trabalhos com crianças e adolescentes do bairro, no que se refere à inclusão digital, ofertando-lhes, gratuitamente, cursos de informática e acesso à grande rede mundial de computadores, a internet. Em nossas dependências, desenvolvem-se grupos de dança, de capoeira, além de ações afirmativas em datas comemorativas, tais como dia dos pais e das mães, natal e páscoa, por exemplo. Somos, definitivamente, um importante equipamento social utilizado por todos os do bairro D. Jaime Câmara, onde nos localizamos, em Mossoró, RN. Apesar de tudo isso, a rádio desperta a ira dos mais poderosos. Políticos e grandes empresários donos das principais rádios comerciais de nossa cidade, sempre exerceram e continuam a exercer enorme pressão pelo fechamento da rádio.

No decorrer desses últimos 15 anos, nossos instrumentos de transmissão já foram lacrados seis vezes e, em outras oportunidades, três equipamentos foram apreendidos, como se encontram até hoje. Nossa luta para nos mantermos no ar se fez a duras penas, aliás, duríssimas. Já respondemos a vários inquéritos e processos penais, além de multas – algumas chegam a R$ 20.000,00 (vinte mil reais) - e execuções fiscais. Hoje mesmo correm contra a Fundação Potiguar cinco processos judiciais, sem falar do comprometimento pessoal de alguns dos seus membros, homens honestos e pais de família, como os doze cidadãos que atualmente respondem a um indiciamento penal na Justiça Federal.

O ridículo de toda essa situação é que o Estado Brasileiro, ele próprio, cria as dificuldades para a legalização da Rádio e depois pune os que tentam sobreviver, criando uma verdadeira situação de inexigibilidade de conduta diversa. Para termos uma idéia, em janeiro do ano de 2000, a Fundação Potiguar requereu ao Ministério das Comunicações, através de uma “manifestação de interesse”, o aval para o funcionamento da FM Cidadania. Somente recebemos resposta em 2007. Hoje, felizmente, temos a concessão até 2019, mas eu lhes pergunto: o que queria o Estado que fizéssemos? Fechássemos a rádio? Desmobilizássemos a comunidade e a privássemos do direito constitucional de produzir a informação que ela própria consome? Não foi esse o caminho que adotamos. A morosidade da máquina pública não poderia nos tolher do direito de sermos o que somos: um agente social de relevante posição na comunidade em que nos localizamos. Nesta condição, sempre assumimos nossa responsabilidade e jamais nos escusaremos de nossas convicções.

Como se já não bastasse, mesmo legalizados há dois anos, desde 2007, ainda sofremos um último golpe. Há pouco mais de um mês, 14 homens fortemente armados, em 04 viaturas da Polícia Federal, esbanjando uma força desproporcional ao que o momento exigia, se fizeram presentes em nossa sede e, seguindo ordem judicial, apreenderam nosso transmissor e nos impuseram quase 10 dias de silêncio. Isso mesmo, foram 10 longos dias em que a comunidade não se ouviu. Ressalte-se: já somos legalizados há mais de 03 anos e, mesmo assim, sofremos mais uma busca e apreensão. Aquelas cenas, dificilmente, sairão das mentes dos que presenciaram o momento, mas não esmorecemos. Nos fizemos ouvir no processo, reavemos nosso transmissor e, de pleno direito, estamos no ar, divulgando, orgulhosamente, a nossa comunidade e desafiando o interesse de poderosos.

Fizemos sempre tudo isso por que acreditamos que a democracia só é legítima se vivenciada em seu dia-a-dia pelos milhões de brasileiros que formam esse país. É essa a missão das rádios comunitárias, então: tornar a democracia legítima, dar às comunidades o direito de se ouvirem, de consumirem, elas próprias, as informações que produzem. Hoje, finalmente, legalizados, somos a voz dos que, em outro meio, jamais teriam qualquer espaço. Disso muito nos orgulhamos!

Fonte: A direção da Rádio Cidadania 98 FM – Mossoró

INFORMAÇÕES DA 29ª VAQUEJADA DE CAMPO REDONDO

29ª. Vaquejada de Campo Redondo-RN A 29ª Vaquejada de Campo Redondo-RN, realizada no tradicional Parque Manoel de Souza, nos dias 24 e 25/09, distribuiu uma premiação total de 10 mil reais.

Participaram 380 duplas e um total de 129 foram classificadas. Na primeira rodada 44 duplas fizeram valer o boi, e após a 7ª Rodada, numa disputa acirrada entre 03 duplas, o vaqueiro amador ASSOVARN André do Gado, montado o animal Paquera do Gado, auxiliado por Pisca (Santa Cruz), montando o garanhão Go Question, representando o Parque Nossa Senhora Rainha da Paz, de São Tomé (RN), foi o grande campeão da festa. “A primeira vez que ganhamos um primeiro lugar numa vaquejada a gente nunca esquece”, declarou emocionado o vaqueiro André, ao final do evento. O 2º. Lugar ficou para Nicassio Locutor e Magno e o 3º para Magno e Walter.

IRFORMAÇÕES ADICIONAIS RESULTADO FINAL – 29ª VAQUEJADA DE CAMPO REDONDO-PARQUE MANOEL DE SOUZA

Lugar –Puxador –Esteira – Representação- Cidade

1º - Andre do Gado Pisca Parque N S Rainha da Paz São Tomé-RN

2º - Nicassio Magno Parque Zé Chico Cosme Serra Caiada – RN

3º - Magno Walter Casa do Leite Tangará-RN

4º - Felipe João Vaqueiro Parque Zé de Gam Santa Cruz – RN

5º - Thiago Luizinho Ponto das Carnes Santa Cruz – RN

6º - Chico Leão Junior Leão Fazenda Xanadu Tangará-RN

7º - Waltinho Adelson Pereira Pereira Ferro e Aço Santa Cruz – RN

8º - Waltinho Sandoval Parque João R. Melo Santa Cruz – RN

9º - Junior Leão Araújo de Cazuza Haras J.F. Santa Cruz – RN

10º - Nicassio Magno Parque Zé Chico Cosme Serra Caiada – RN

11º - Cornélio Clodoaldo Parque Cicero Fernandes Lajes Pintadas-RN

12º - Jorge de Elisiário Jorginho Haras Paciência Extremoz-RN

13º - Guilherme Adriano Haras Craibeira Currais Novos-RN

14º - Reginaldo Nenem Parque Senhor Bernardino Frei Martinho PB

15º - Julio Cesar João de Ozair Fazenda Maravilha Campo Redondo-RN

TOTAL DE INSCRIÇÕES

380 Batidas 129 duplas

1ª Rodada 44 duplas

2ª Rodada 24 duplas

3ª Rodada 8 duplas

4ª Rodada 7 duplas

5ª Rodada 3 duplas

6ª Rodada 3 duplas

7ª Rodada 1 duplas

PREMIAÇÃO TOTAL 10 MIL

1º LUGAR 3 MIL

2º ao 15º LUGAR DE R$ 500

EQUIPE DE TRABALHO LOCUÇÃO: Otacílio Neto, Ratinho e Nicassio;

COMISSÃO: Jorge (Tangará) e Erivaldo (Cuité-PB) CALZEIRO: Bujão

FILMAGEM: Darlan-Ceará Mirim

EQUIPE CURRAL: Tutu

ORGANIZAÇÃO: Edmundo, Magno e Cesar Show.

PATROCINIO DA PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPO REDONDO RN

Informações: Jonathan Moura

 

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